sábado, 13 de junio de 2015

NUM PISCAR DE OLHOS



Não me arrependo de ti
Es a primavera que chegou
Para florescer o meu jardim.
Rego todos os dias as lindas
Flores que deixaste
Estas me fazem sentir tua presença
Te sinto perto, me lembro do teu cheiro.
Às vezes, em um entreabrir de olhos
Sinto que toco teus lábios
Sou capaz de sentir sua respiração
Mas na efemeridade de um piscar
Já não te toco mais, já me lembro
De tuas lonjuras.
Volto a fechar os olhos novamente
E me lembro dos teus.
Olhar para eles me faz ver-me,
Ainda que esteja curiosa e ansiosa
Para ver-me novamente sem imaginar,
Desta vez, como será minha imagem.
Me perco, com alegria, em teu verde,
Que é a esperança do meu viver.
Me perco com prazer nos efêmeros
Beijos que nos damos a cada segundo
Que me perco no meu inconsciente
De tanto que sinto tua falta.
E o doce dos teus lábios, em minha boca fica,
Para que possa sentir-te
Até quando possa senti-lo de fato e tato.


J.C. 

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